O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo, nesta quinta-feira (7), de uma operação da Polícia Federal (PF), que investiga tentativas de descredibilizar as eleições e um suposto golpe de Estado. A ação, é parte de uma investigação mais ampla relacionada aos ataques aos Três Poderes da República em 8 de janeiro do ano passado, com mandados expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A operação implicou a apreensão do passaporte de Bolsonaro, proibindo sua saída do país e o contato com outros investigados. Foram emitidos quatro mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão, e 48 medidas cautelares em diversos estados, incluindo a participação de militares do Exército, devido ao envolvimento de membros das Forças Armadas.
Dentre os alvos estão Filipe Martins, Marcelo Câmara, ex-assessores palacianos no governo Bolsonaro, que foram presos nesta operação, além de ex-ministros como Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, alvos de busca e apreensão (veja lista no final desta matéria). A investigação aponta a disseminação de notícias falsas sobre supostas vulnerabilidades das urnas eletrônicas e ações que culminaram na tentativa golpista em 8 de janeiro de 2023.
Ao site Metrópoles, Jair Bolsonaro alegou “não entender” a acusação de tentativa de “golpe de Estado” contra ele e militares e civis que atuaram durante seu governo, já que teria feito uma transição “sem problemas”.
“Não entendo (acusação de) tentativa de golpe. Fizemos uma transição sem problemas. A pedido do Lula, nomeei os três comandantes de Força escolhidos por ele em dezembro. Como vou nomear comandante de Força dele e dar um golpe depois?”, afirmou o ex-presidente.
Além desta operação, Bolsonaro enfrenta outras investigações que podem acarretar em sua prisão, incluindo seu suposto papel nos atos golpistas de 8 de janeiro, o uso indevido da Abin e o caso das jóias da Arábia Saudita. Recentes operações da PF também miraram aliados próximos, como os deputados Carlos Jordy e Alexandre Ramagem, e o vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente.
Alvos de prisão preventiva:
- Filipe Martins: ex-assessor de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara: coronel do Exército;
- Rafael Martins: major das Forças Especiais do Exército;
- Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército. (não foi detido porque está nos Estados Unidos)
Alvos de busca e apreensão:
- Jair Bolsonaro: ex-presidente da República;
- Braga Netto: ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, em 2022
- Augusto Heleno: general do Exército e ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
- Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, já é investigado por suposta conivência com os golpistas, no breve período em que foi secretário de Segurança Pública do DF;
- Paulo Sérgio Nogueira: general e ex-comandante-geral do Exército;
- Almir Garnier Santos: almirante e ex-comandante-geral da Marinha;
- Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira; general do Exército e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres;
- Bernardo Romão Corrêa Netto: coronel do Exército;
- Valdemar da Costa Netto: presidente do PL, partido em que Bolsonaro está filiado e pelo qual concorreu às eleições em 2022.
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