Em Gravatá, Bolsonaro ataca Lula e, sem provas, volta a afirmar que ganhou as eleições de 2022

Durante evento na Praça da Matriz, em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, nesta quinta-feira (8), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou uma série de ataques contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Diante de uma multidão de apoiadores que preencheu o local, Bolsonaro, ao se referir à sua recusa em participar da cerimônia de transmissão da faixa presidencial, afirmou que “nunca passaria a faixa (presidencial) para um ladrão”.

Durante o evento, Bolsonaro manteve o tom crítico ao governo Lula que tem caracterizado suas aparições públicas. Ele acusou o atual governo de corrupção e disse não ver realizações positivas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do Poder Executivo Federal.

Ataques ao processo eleitoral

No discurso aos apoiadores, Bolsonaro voltou a questionar o resultado legítimo das urnas nas eleições de 2022, afirmando que também venceu as eleições no Nordeste. “A todos de Gravatá, do meu Pernambuco, do nosso Nordeste, eu só tenho gratidão, eu só tenho a agradecer a vocês. Eu entendo que no Nordeste, eu também ganhei as eleições”, disse, sem apresentar provas. Ainda segundo Bolsonaro, “algo anormal aconteceu”, em referência ao pleito eleitoral, mas novamente, sem nenhuma comprovação apresentada.

Comparação entre Lula e Maduro

Em seguida, o ex-presidente comparou Lula ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao dizer que ambos não podem andar nas ruas de seus países. “Na América do Sul, há dois presidentes que ganharam as eleições com 51%, com o número mágico 51%: no Brasil e na Venezuela. Mas esses dois, esses irmãos da mesma barriga e do mesmo pai, Lula e Maduro, não podem andar nas ruas dos seus países”, completou.

Agenda de Bolsonaro em Pernambuco

A visita a Gravatá faz parte de uma agenda mais ampla de Bolsonaro em Pernambuco. Além de Gravatá, o ex-presidente tem compromissos no Recife, Olinda, Caruaru e outras cidades do estado. O objetivo das visitas é fortalecer a base de apoio político e mobilizar a direita em torno das eleições municipais e futuras disputas eleitorais.