
A vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, anunciou sua desfiliação do PSDB nesta quinta-feira (3), em resposta à intervenção da Executiva Nacional no diretório estadual da sigla. A medida resultou na destituição do então presidente estadual, Fred Loyo, e na nomeação do deputado estadual Álvaro Porto como interventor. Ela havia se filiado ao partido em março.
A decisão provocou a saída em massa de lideranças do partido, incluindo o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, e outros 31 prefeitos, que manifestaram discordância com a intervenção.
Crise se intensificou após saída de Raquel Lyra
A Executiva Nacional justificou a medida alegando “ingerência externa e desvio da política nacional do partido”, além de “violação da integridade partidária” por parte do diretório de Pernambuco.
Em nota conjunta, os dissidentes classificaram a intervenção como “injustificável” e “desrespeitosa”. Ressaltaram ainda que a presidência estadual havia sido escolhida de forma unânime e que, sob essa gestão, o PSDB em Pernambuco passou de 5 para 32 prefeitos, além de contar com 33 vice-prefeitos e mais de 220 vereadores, sendo dois deles no município de Gravatá.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, criticou as desfiliações em bloco. Segundo ele, a debandada demonstra “falta de compromisso” com o partido, especialmente após os investimentos feitos nas campanhas dos agora ex-filiados.
A intervenção ocorre em meio a um cenário de tensões internas no PSDB, intensificadas após a saída da governadora Raquel Lyra para o PSD, em março. A nomeação de Álvaro Porto, aliado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), é interpretada como uma retaliação à governadora pela mudança de legenda.
PSDB rompe com o governo de Raquel Lyra
Ao assumir a intervenção, Álvaro Porto — que também preside a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) — formalizou o rompimento do PSDB com a base aliada da governadora Raquel Lyra. Atualmente, a bancada tucana na Alepe é formada por três parlamentares: o próprio Álvaro Porto, Izaías Régis e Débora Almeida. Esta última, no entanto, afirmou que continuará alinhada ao governo estadual. Segundo ela, a decisão da Executiva Nacional de intervir no diretório estadual foi “desacertada”.
Em Gravatá, o PSDB é comandado pelo ex-prefeito Joaquim Neto. Ele foi procurado pela reportagem para comentar o novo posicionamento do partido em Pernambuco, mas não se manifestou até o fechamento desta. O espaço segue aberto.
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